A HISTÓRIA DO MP LAFER AUTO CLUBE DO PARANÁ


Em meados do ano de 1999, o senhor Luiz Henrique Withers e alguns amigos encontraram-se por acaso no litoral do Paraná, quando o primeiro informa aos demais que havia recentemente adquirido um MP Lafer oriundo de Santa Catarina, em ótimo estado de conservação. Além de amigos já de longa data, também sempre foram admiradores daquele carrinho, considerado a melhor réplica do famoso MG TD 1952 já produzida. Desta forma, decidem formar um clube específico para aquela marca. Assim sendo começam a angariar amigos e conhecidos que eram proprietários de MP Lafer pelas ruas de Curitiba.


No detalhe da foto, os 1º veículos que compareceram no Parque Tanguá em out/1999

Passam então a abordar proprietários nas ruas, estacionamentos, clubes, enfim, onde quer que encontrem um carrinho daqueles e explicam a idéia de formar um clube. Desta forma, em outubro de 1999, no Parque Tanguá em Curitiba, realizam o 1º encontro, sendo o embrião do futuro clube, ainda com apenas seis integrantes.

Os meses foram se passando e a cada mês novos integrantes foram aparecendo, até que em abril de 2000, em um animado almoço na histórica cidade da Lapa, numa democrática votação foi criado extra-oficialmente o clube com a denominação de MP Lafer Auto Clube do Paraná.

Em junho de 2001 foi o clube oficialmente registrado em cartório e, desde então não mais parou de crescer, tendo como seu Presidente e fundador o Sr. Luiz Henrique Withers, Diretor Financeiro o Sr. Ernesto Rusik, Diretor Técnico o Sr. Alcido Edgard Reuter, Diretor Artístico e cultural o Sr. João Motter Pinto, um artista plástico de renome em Curitiba, o qual foi o responsável pelo desenvolvimento da logomarca do clube.

Trata-se de um dos mais atuantes clubes de antigomobilistas do Estado do Paraná e, a despeito da pouca idade, tem relacionamento cordial com todos os demais clubes do Estado e de Santa Catarina e São Paulo, caracterizando-se sempre pelo espírito democrático e aberto a criticas e sugestões. A primeira diretoria entregou ao Sr. Alcido Reuter em janeiro de 2006 o clube, já detentor de grande conceito nacional.

Após uma gestão de dois anos, de janeiro de 2006 a janeiro de 2008, que caracterizou-se por consolidar o Encontro Paranaense de Veículos Antigos e Especiais de Antonina, sobretudo entre os antigomobilistas do vizinho Estado de Santa Catarina, de onde é oriundo, Reuter passou o cargo ao Dr. Nilton Marcos Carias de Oliveira, Procurador de Justiça, com um vasto currículo no Ministério Público do Paraná.

Nilton Carias, já em seu segundo mandato, tem procurado não só consolidar o Encontro Paranaense de Veículos Antigos e Especiais de Antonina, como também criou um outro evento no litoral paranaense, desta feita na carismática e badalada Praia de Caiobá, município de Matinhos, que se caracteriza mais por ser uma confraternização inter-clubes, ao contrário do de Antonina, que é aberto a todos os colecionadores e antigomobilistas.

Ainda em março de 2006, sob a iniciativa do Diretor de Divulgação Vandir de Souza (Wando), o clube sediou o Encontro de veículos da Marca Miura, o qual viria a ser o embrião do atual Departamento Miura, que conta com aficionados da marca que encontraram receptividade no MP Lafer Auto Clube do Paraná.

Em outubro de 2009 a Chapa Consolidação, encabeçada por Nilton Carias e Luiz Henrique Withers (vice-presidente) foi reeleita com 98% dos votos válidos para mais um biênio.

O ano de 2010 foi deveras profícuo para o Clube, pois o quadro social dobrou em número e em qualidade, além de termos promovido três grandes eventos: o II Encontro de Veículos Antigos de Caiobá, o IX Encontro Paranaense de Veículos Antigos e Especiais de Antonina, que contou com a presença ilustre do mentor do MP Lafer, o Sócio Honorário Percival Lafer e em novembro, o IV Encontro Nacional de Miúras, sediado em Curitiba sob a supervisão do Departamento Miura do MP Lafer Auto Clube do Paraná.

 

O Presidente Carias encerrou sua gestão com o IV Encontro de Veículos Antigos de Caiobá em março de 2012. Em fins de 2011 houve nova eleição para Presidente e Vice-Presidente do clube e a Chapa encabeçada pelo Psícólogo e ex-bancário Henrique Gyl Hackenberg e a Farmacêutica Marisol Dominguez Muro respectivamente, que também é Presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná recebeu mais de 95% dos votos válidos para o biênio 2012-2013.

E a posse deu-se em fins de março de 2012, logo após o evento de Caiobá. Uma das realizações do novo presidente foi a instituição do uniforme esportivo do MP Lafer Auto Clube e Departamento Miúra, uma camisa pólo inspirada na do Clube Manchester United da Velha Inglaterra. O XI encontro de Antonina, realizado em julho de 2012 revestiu-se de sucesso total, pois recebeu pela primeira vez mais de 300 veículos. Em fins de 2012, o clube participou de um evento promovido pela Prefeitura Municipal de Curitiba, a rodada cultural, nas dependências do Parque Bacacheri, em Curitiba. Em março de 2013, realizou-se o V Encontro de Veículos Antigos de Caiobá, já sob o comando da nova Diretoria e que contou pela primeira vez com a participação do empresariado local.

 

Conheça a história do carro MP Lafer

O MP Lafer, também conhecido por MP é uma cópia fiel do veículo MG TD 1952, construído na Inglaterra
e que fez sucesso estrondoso na época, pois foi utilizado em filmes do cinema de Hollywood e foi a grande coqueluche dos anos 50 e 60, principalmente entre artistas norte-americanos.

Na época o MG ficou conhecido no mundo inteiro pelo carinhoso apelido de "midjet" ou mignon devido a ser um veículo esportivo e clássico ao mesmo tempo e principalmente pelas dimensões reduzidas, em contraste com os carrões dos Estados Unidos.

Tal sucesso fez com que o Sr. Percival Lafer, proprietário da Lafer, resolvesse copiar o carrinho em fibra de vidro. Esta réplica foi premiada na própria Morris Garage, a fabricante do MG na Inglaterra e foi fabricada aqui no Brasil de 1974 a 1987, com apenas pouco mais de 6000 modelos produzidos artesanalmente, sendo que mais de 1000 foram exportados para a Europa, EUA e Japão.


Foto histórica da linha de montagem do MP Lafer na decada de 70

Em meados de 1972, Percival Lafer  proprietário  da Lafer, uma conceituada fabrica de renome, de móveis em couro, madeira e artigos`` Fiber Glass´´ que existe até hoje em São Paulo foi convencido por amigos a fabricar uma réplica do famoso MG TD 1952.


" O Primeiro MP Lafer Fabricado- exposto no Salão do Automóvel"
Por esta época também...o primeiro protótipo no Salão do Automóvel de 1972

Um de seus funcionários, o Sr. João Arnaut  havia adquirido um MG TD 1952 para presentear sua esposa, Sra. Ivone Arnaut e o  estava restaurando. Numa das manhãs de 1972, seu veiculo normal de trabalhar na empresa Lafer com o MG TD. A presença do carrinho esportivo inglês  despertou o interesse de Percival Lafer , que já naquela época era admirador de veículos esportivos Ingleses  e lembrou-se da sugestão de amigos para fabricar uma replica deste carro.

Por esta época também trabalhava na empresa o Sr. Antônio Adolfo Demitry que empolgou-se com a ideia principalmente porque a distância entre eixos da MG TD era a mesma do VW Sedan, conhecido no  Brasil como fusca. Demitry , chefiando uma equipe de 7 pessoas comprou a ideia, a fim de apresentar o primeiro protótipo no salão  do automóvel de 1972. A equipe tirou o molde do MG TD e trabalhou 28 dias ininterruptamente, sendo que todos dormiam na fábrica e alimentando-se de pizza e refrigerante.


" Detalhes da Construção do Primeiro MP Lafer"

Finalmente, 2 dias antes da abertura oficial do salão do automóvel o MP Lafer ficou pronto, o que ainda proporcionou tempo para confeccionar uma plataforma giratória para o primeiro exemplar.


"Veículo esposto no lançamento no Salão do Automóvel, com
capota em pied -poule e lanternas do MG TD  "

 

A nomenclatura MP  surgiu como um contraponto ao MG de Morris garages devido ao fato que todos os móveis desenvolvidos pela Lafer eram patenteados, os catálagos apresentavam os modelos e abaixo da logomarca vinha sempre as palavras moveis patenteados, de onde a abreviatura ``MP´´ surgiu.



"MP Lafer exposto no Salão do Automóvel com Capota Abaixada"
e piscas diferenciados do VW Sedan


O primeiro modelo tinha a capota em ``Pied Poule´´ ao estilo inglês e tinha as portas suicidas, como o MG TD, substituídas posteriormente por exigência do CONTRAN. O piloto campeão mundial, Émerson Fittipaldi, que havia recentemente conquistado o titulo de campeão mundial de fórmula 1, tendo sido o primeiro piloto brasileiro a realizar tal façanha.

Foi contratado para lançar o veículo no Salão do Automóvel e foi um dos primeiros proprietários do veículo no Brasil".

 


Filme 007: Moonraker, o Foguete da Morte, filmado no Rio de Janeiro.

A partir de 1974 o veículo foi colocado  à venda para público e tornou-se um sucesso total no brasil, tendo sido usado no filme no filme 007,

James Bond em suas aventuras no Rio de Janeiro no filme ``moonraker´´, cujo exemplar está hoje exposto no museu James Bond, na Inglaterra.

 

 

 

 

Conheça a história do carro MG

Ao nascer não mereceu nem mesmo um nome,
mas apenas duas letras, para que não ficasse anônimo.
E foi só do que ele precisou para se tornar mundialmente famoso.
Para quem tem charme, mais que ninguém
...


é um símbolo.

Sábado, 11 da matina, motoristas e transeuntes – alguns nem sabendo que eram transeuntes -, ao passarem pela praça Pan-Americana, em São Paulo, reduziam o passo ou o gás, ante aquela visão inesperada e, para muitos, espetacular. O objeto de tanta atenção era um grupo de nada menos que sete carrinhos MG, modelo TD, todos simplesmente humilhantes, polidos e tão resplandecentes quanto o orgulho de seus proprietários.

Era a turma do recém-criado MG Club do Brasil agrupando-se e aguardando o momento de sair em caravana com destino a um restaurante de Aldeia da Serra, a 31 km da capital paulista, para o primeiro almoço de confraternização dos associados. Aguardava-se o comparecimento de outros membros, mas de acordo com o combinado, o pessoal acabou saindo às 11h15min, após certo limite de tolerância, em direção à Rodovia Castelo Branco.

A primeira das sensações sente-se nas curvas, quando a gente o carro esterçando; como o cofre é muito longo, ao se girar o volante de direção, pode-se observar facilmente o conjunto dianteiro deslocando-se à direita ou à esquerda, tal como uma cena vista em tela de cinema. Já não se proporcionam mais sensações como antigamente. A não ser através de réplicas – de carros e de emoções.

Apesar do carisma que o envolve, notadamente por suas linhas incomparáveis, o MG pode decepcionar um pouco o motorista de hoje quanto ao desempenho do motor, cujo torque é bastante elevado nas altas, mas modesto nas baixas rotações. Mesmo quando novo, o carrinho precisava de 6,3 segundos para ir de 0 a 50 km por hora; 15,6 segundos para chegar aos 80; e 23,9 segundos para atingir os 100 km por hora. Nos testes realizados na época, esse foi o melhor resultado obtido pelo conjunto.

Um toque de classe

Um carro sem frescuras; essa é a primeira impressão que se tem do MG. Após a primeira, outras impressões se seguem uma vez que se sinta o irresistível desejo de examiná-lo em detalhes. A partir daí, é preciso uma elevada dose de auto-controle para conter o quase irrefreável ímpeto de experimentá-lo.

Clique na foto abaixo do video e assista a história na íntegra.

O que existe de especial nesse veículo para torná-lo tão atraente? Beleza certamente não é; talvez sejam suas linhas esportivamente sóbrias, ou, melhor dizendo, britanicamente esportivas. Uma coisa é certa: esse midget não foi construído para fazer charminho, nem seu estilo espartano permite tal dedução. Seu criador, Cecil Kimber, diretor geral da empresa inglesa Morris Garages Ltd. (daí, a sigla MG), não fez nenhuma declaração à posteridade sobre os motivos que o inspiraram a conceber, em 1922, um bi-posto a partir da estrutura de um modesto Morris de série.

Na verdade, ele tinha mesmo razões para supor que o carrinho fosse transformar-se num estrondoso sucesso durante cerca de meio século e dar origem a clubes de fãs em vários países, inclusive no Brasil. Afinal, o carrinho bolado por Kimber era bastante semelhante, em aspectos, a diversos modelos de outras marcas existentes na época e nos anos que se seguiram. A bem da verdade, o primeiro MG, de aspecto nitidamente artesanal de carro feito no fundo do quintal, nem mesmo tinha design avançado; era apenas um veículo com pinta de esportivo, até meio antiquado – enfim, um automóvel personalizado, sem nenhuma pretensão comercial. Acontece que o dono da empresa, William Richard Morris, em cujo currículo constava também a construção de carros e motos personalizados, viu o caranguinho montado por Kimber e gostou; quis vê-lo correndo, gostou mais ainda, e não teve dúvida em promover a sua construção em nível industrial.

A sucessão de êxitos nas pistas e nos gráficos de vendas deram origem ao lançamento de múltiplas versões, equipadas com motores de diferentes deslocamentos, desde 750 cc a 3.550 cm3, permanecendo, porém, a maioria dos modelos com motores de 1.000 a 1500 cc. A exceção de alguns exemplares especiais, os carros MG mantiveram basicamente a mesma linha desde 1923 até 1952, variando apenas quanto a detalhes.

E, embora alguns modelos tenham recebido nomes – Mark II e III, Montlhéry, K-3 Magnette, Magna etc. -, a maior parte das séries ganhou letras e números. Mas foi a série da linha T (A, B, C, D, F) que realmente imortalizou o MG. Qual desses modelos é o mais bacaninha? Nenhum em especial, ou todos, pois as diversas versões da série possuem fãs ardorosos, que não regateiam argumentos ou adjetivos na defesa de suas preferências.

O fato é que a cada nova versão, mais modernizada que a anterior, muitos narizes
se torciam reprovando as inovações. Por isso, mesmo quando alterou
substancialmente o estilo do carro em meados dos anos 50, a empresa manteve
alguns resquícios da linha T, como a grade estilizada, as rodas raiadas, pára-brisa
com a moldura superior reta e retrovisor interno montado sobre o painel.

Mas, acima de tudo, procurou manter inalterado o que o Morris Garages
possuía de mais importante: aquele inconfundível toque de classe.